Quando era pequena não fazia a menor ideia de que, um dia, ia querer estar do lado de lá da publicidade. Não imaginava que iria querer passar de aliciada a aliciante.
Em pequena, os meus (vários) empregos de sonho eram os empregos cliché de tantas crianças – bailarina, veterinária, pediatra.
No entanto, cresci e dei por mim em algo totalmente diferente da medicina e, ao mesmo tempo, tão parecido, mesmo que apenas por analogia.
Também os publicitários curam, dão a conhecer aquilo que muitos precisam e, tantas vezes, nem desconfiavam. Nós desvendamos “doenças” escondidas e encontramos-lhes a cura, como um pack 2 em 1.
Somos máquinas de sonhos, não só para miúdos mas também para graúdos. Somos ajudantes do Pai Natal e do Coelho da Páscoa. Somos um mundo aparte que existe não só para informar mas também para cativar e deslumbrar.
Quando era pequena não fazia, realmente, a menor ideia que um dia ia querer estar do lado de lá da publicidade – hoje em dia, não há outra ideia na minha cabeça senão essa.