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Notícia - Lifestyle

Pesquisa aponta que trabalhadores de Home Office são mais propensos a sentir estresse
Por Ana Luisa de Oliveira

Uma pesquisa feita pela Organização Internacional do Trabalho em quinze países, incluindo o Brasil, concluiu que 41% dos funcionários que trabalham sempre de casa relataram sentir algum nível de estresse, contra 25% daqueles que estão o tempo todo nos escritórios. Publicado em fevereiro deste ano, o relatório “Working anytime, anywhere: The effects on the world of work”, que contém este e outros resultados, está disponível no site da OIT.

De acordo com Carlos Hoyos, especialista em coaching executivo empresarial, os fatores estressores de um ambiente de trabalho em Home Office são vários, dentre eles, a perda de conexão com outras pessoas. “Quando não saímos e perdemos a oportunidade de construir relacionamentos saudáveis, isso pode gerar estresse no indivíduo por conta da sensação de isolamento”, explica o profissional. Além disso, existe a questão da autocobrança. “O trabalhador acaba estendendo as horas de serviço quando sente-se culpado por estar em casa sem produzir”, completa.

Camila Thomazelli, também especialista em coaching executivo, acrescenta que existe o fator das pessoas com as quais o funcionário convive. “Elas podem pedir atenção para tarefas que não são profissionais pois esquecem que, dessa forma, atrapalham no rendimento de quem esta trabalhando”, afirma.

Humberto Ferreira trabalha como Technical Account Managerna Oracle e faz Home Office desde 2006. Ele afirma perceber algumas das desvantagens levantadas pelos coaches. “Muitas vezes a família acha que você não está trabalhando porque está em casa, além de existirem muitas distrações. Eu também costumo almoçar olhando a tela do computador e ficar até mais tarde mesmo sem muita necessidade”, conta ele. Por sua vez, o gerente de projetos da IBM, José Hernani de Oliveira Júnior, não percebe tantos pontos negativos. “Talvez um deles seja a perda do contato ‘visual’ com os times do trabalho, mas mesmo isso é minimizado pelo fato de se ter hoje a possibilidade de conversas virtuais”, opina.

O outro lado
Segundo Carlos, o Home Office é uma tendência mundial principalmente por reduzir custos para as empresas e garantir uma maior produtividade dos funcionários. “Economiza-se em água, energia, alimentação e todos os gastos de se manter uma estrutura de escritório. Além disso, evita atrasos e acidentes por conta do trânsito e vira um atrativo para retenção dos trabalhadores, que sentem-se beneficiados pelo conforto oferecido e retribuem produzindo mais”, ressalta o coach.

José Hernani acredita que trabalhar de casa garante uma melhoraria da qualidade de vida. “Outro ponto positivo é a economia de tempo gasto no deslocamento até o escritório, que será utilizado para atividades esportivas e acompanhamento do crescimento dos filhos, por exemplo”, afirma.

Para a jornalista Bruna Gomes, as principais vantagens são liberdade de decisão e de horário. “Além disso, não é todo dia que eu fico em casa, pois trabalho dentro das empresas e faço reunião em diferentes lugares”, explica.

De acordo com os coaches, mesclar atividades feitas nos ambientes internos e externos é uma das alternativas para evitar o estresse. Confira mais dicas no infográfico abaixo:


Dicas dos coaches para fugir do estresse e da procrastinação (Infográfico: Ana Luísa de Oliveira)
Os coaches Camila e Carlos explicam os fatores estressantes do Home Office (Crédito: Ana Luísa de Oliveira)
Reportagem

Meu trabalho, minha vida
Por Ana Luisa de Oliveira

Sabe aqueles filmes que mostram pessoas trabalhando “loucamente” durante várias horas por dia, com quase nenhum tempo para a família e, mesmo quando chegam em casa, estão constantemente no telefone ou no computador? Estes personagens parecem exagero, mas eles, de fato, existem. São os workaholics, gíria em inglês usada para se referir a alguém viciado em trabalho.

De acordo com a psicóloga Ana Carolina Lemos Pereira, estes indivíduos trabalham muito mais do que a carga horária estipulada pela Legislação Trabalhista, ou seja, oito horas por dia. “É aquela pessoa que, mesmo fora da sua jornada normal, está lendo um livro sobre a profissão, respondendo um e-mail ou atendendo uma ligação”, explica.

É o caso, por exemplo, de Pedro de Castro Neto, médico que atua na área de endoscopia digestiva. Ele conta que isso acontece principalmente por conta da sua profissão. “Na medicina, é difícil não deixar de lado a sua vida particular para cuidar das pessoas. Isso acontece comigo, mas porque eu me identifico, gosto e entendo a minha profissão. Quando você se sente assim, não tem muito limite para colocar uma intensidade no quando se trabalha”, ressalta. Já a arquiteta Érika Queiroz possui uma jornada de mais de 12 horas por dia e afirma que um dos motivos é seu desafio pessoal. “Eu tenho uma necessidade de fazer sempre mais e melhor. Também gostou muito do que eu faço, mas não consigo tirar férias, por exemplo. Tenho a sensação de que estou fazendo algo errado se não estou trabalhando”, conta.

Possíveis causas
Ana Carolina ressalta que, hoje em dia, as novas tecnologias contribuem para que os indivíduos tenham este tipo de comportamento compulsivo. “Se no passado a pessoa chegava em casa e ia cuidar de sua vida pessoal e social, hoje o trabalho invade estes momentos graças ao WhatsApp, Skype e outros recursos que nos mantém conectados o tempo todo”, ressalta. Mas, segundo a psicóloga, existe algo a mais por trás disso que talvez possa explicar a fala de Érika sobre sentir que está errando ao não trabalhar. Confira no áudio abaixo:
Muito mais do que o necessário
Independente do motivo, o fato é que esta compulsão leva os indivíduos a cometerem exageros. Érika relembra algumas das situações em que, olhando para trás, sabe que foi um pouco além do que devia. “No dia do meu casamento, eu só desliguei meu Nextel na porta da igreja. Na época, eu estava tão ocupada que fui experimentar meu vestido de casamento apenas dois dias antes da data. E quando minha filha nasceu, eu voltei a trabalhar poucas horas depois. Ninguém sabia que ela tinha nascido e que eu estava na maternidade”, conta.

Consequências
Um estudo feito na Noruega com mais de 16 mil pessoas, publicado na revista Superinteressante em maio de 2016, descobriu que alguns distúrbios psiquiátricos aparecem muito mais em workaholics. Entre os trabalhadores que eram diagnosticados com este vício, três em cada 10 tinham sinais de déficit de atenção e hiperatividade e 33% tinham ansiedade. A pesquisa foi além: mais de um quarto deles apresentavam transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), contra uma porcentagem muito menor entre aqueles trabalhadores que não eram viciados (8,7%).

Segundo a psicóloga, cansaço, fadiga e Síndrome de Burnout  são outras consequências que podem ocorrer. “A ansiedade, principalmente, está muito associada a este novo perfil da sociedade que nunca se satisfaz. As coisas mudam muito rápido e as pessoas estão ficando perdidas neste processo”, explica.

Érika afirma que este último problema citado pela profissional é presente em sua vida. “Já achei que eu fosse morrer várias vezes, de tão ansiosa que eu fico. Como lido com expectativas de clientes, é inevitável eu me sentir assim. Sou muito perfeccionista. Mas sempre consigo me acalmar com as coisas que eu gosto”, afirma.

Por outro lado, Pedro relata um sintoma diferente e muito comum. “Há alguns anos eu não sabia lidar muito bem com estresse. Eu levava os problemas pra casa e eles ficavam comigo por muito tempo. Hoje eu aprendi que se você tem um problema, deve tentar resolver o mais cedo possível. Mas houve várias situações em que eu fiquei muito estressado, em geral por causa de pacientes graves”, relembra.

A pesquisadora Ana Carolina Figueira, outra trabalhadora com carga horária superior a oito horas por dia, já sentiu os dois sintomas relatados, mas diz acreditar que é algo normal. “Não vejo problemas em sentir ansiedade por um resultado que você espera e trabalhou tanto para conseguir, ou se sentir estressada porque algum problema aconteceu no trabalho. Isso faz parte da vida. O que pode ser perigoso é a frequência com que aparecem”, defende.

Controlando o vício
A psicóloga Ana Carolina aconselha que uma das formas de combater este vício é analisar a situação em que o indivíduo se encontra. “O trabalho é central na vida do ser humano, mas deve-se discutir o espaço em que ele ocupa na sua vida e o que você transforma a partir dele. A pergunta é: você deseja trabalhar mais ou o sistema em que vivemos faz com que você intensifique seu trabalho?”, questiona.

Pedro conta que, hoje, dimensiona melhor sua vida profissional e pessoal. “Se a gente não souber fazer este equilíbrio, deixamos de viver coisas que não voltam mais. Eu aprendi isso e agora, por exemplo, a cada quarenta dias eu não trabalho de sexta-feira e ‘sumo’ por três dias. Isso faz bem porque desligo de tudo”, conta.
A psicóloga Ana Carolina explica que os workaholics procuram ferramentas para trabalhar o tempo todo (Foto: Ana Luísa de Oliveira)
O médico Pedro de Castro afirma já ter se estressado muito por causa do trabalho (Foto: Ana Luísa de Oliveira)
Notícia - Tecnologia 

Startup possibilita ao público escolher músicas de bares
Por Ana Luísa de Oliveira

A startup Muziks, de Campinas, trouxe para os bares da cidade uma ideia inovadora: possibilitar que os clientes escolham as músicas que vão tocar no ambiente. “A essência da nossa marca é proporcionar um compartilhamento de momentos felizes e sentimentos bons por meio da música”, afirma Alcides Silva, responsável pelo marketing e assessoria de imprensa. Criada em julho de 2015, a empresa já desenvolveu aplicativos para o Poco Loco, Dona Bella, 100 Lanchitos e Bar do Nicola, e atualmente passa por um processo de aceleração em uma incubadora campineira.

Lucas Argate, CEO e fundador da startup, conta que a Muziks nasceu justamente no local onde funcionaria no futuro: em um bar. “Eu tinha sido mandado embora do meu emprego e fui tomar uma cerveja no Poco Loco com meu amigo que trabalhava comigo. Estava emocionado porque estava me despedindo e, naquele momento, queria que tocasse ‘Black in Black’, do AC/DC, porque representava a nossa amizade”, relembra. “Até que o gerente do bar veio me perguntar se eu podia desenvolver um site para ele, porque sabia que eu trabalhava com isso. Nessa hora, lancei a proposta: eu faria um site de graça se pudesse testar um novo dispositivo no Poco Loco. Ele concordou”, completa.

Com a ideia na cabeça, Lucas aproveitou uma viagem para Curitiba para entrevistar donos de bares por lá. Após receber um retorno positivo da maioria deles, o jovem começou a desenvolver o aplicativo para o Poco Loco, que começou a funcionar em agosto de 2015. “Era só o começo, mas a galera começou a usar e teve uma crescente legal”, afirma Lucas. “Teve um dia que ele parou de funcionar e muitas pessoas começaram a reclamar. Isso foi ruim, mas bom ao mesmo tempo, pois percebi que tinha gente usando e gostando”.

Equipe formada
Apesar do primeiro sucesso, Lucas não tinha tempo para desenvolver o projeto sozinho, pois precisava procurar emprego. “Daí um dia eu estava em um bar com o Lucas Servidoni e ele me perguntou porque eu não criava um aplicativo para aquele lugar. Eu disse que precisava de ajuda e o convidei pra trabalhar comigo”, relembra.

Os amigos começaram a se encontrar em uma república onde morava os próximos dois integrantes: Nestor Girardi e Alcides. Matheus Borba, que já era sócio de Lucas em uma outra empresa, também foi convidado para formar o time Muziks. A primeira reunião de toda a equipe, formada por cinco jovens, foi realizada em janeiro de 2016 e, desde então, trabalham juntos para o crescimento da startup. 

Jukebox do futuro
Disponível para iPhone e Android de forma gratuita, o aplicativo funciona de maneira simples. Quando o usuário baixa e cria um login através do Facebook, pode pesquisar, no campo de busca, a música que deseja em uma biblioteca integrada ao Deezer. “Uma vez escolhida, ela fica na fila. Mas se você clica no símbolo do ‘mais’ na escolha de outra pessoa, ela vai pra frente, porque nós queremos que a música seja democrática, ou seja, o que a maioria quer ouvir vai tocar primeiro. Isso incentiva, também, que as pessoas interajam com os amigos”, explica Alcides. Além disso, o aplicativo também possibilita que o dono dos bares façam filtros de gênero e escolham quais querem deixar disponíveis para os clientes.

Berço da startup 
Segundo Douglas Marajori, gerente do Poco Loco, a startup facilitou muito o seu trabalho. “Agora eu não preciso mais ficar mexendo com o Youtube, baixando músicas, colocando pen drive etc. Tudo isso era muito cansativo e eu, muitas vezes, acabava selecionando as mesmas playlists ou aquilo que eu gostava de escutar. Os clientes reclamavam bastante, mas agora este problema foi resolvido”, afirma. “A Muziks entrou como uma luva neste bar universitário. Quando começa a tocar a música que a pessoa escolheu, a galera se anima, canta e fica feliz por compartilhar algo que gosta”.

Primeiros obstáculos
Lucas conta que, por enquanto, a empresa não pode abranger muitos lugares porque está em período de testes. “Tentamos instalar em outras cidades, mas tivemos um problema de manutenção à distância. Por isso, resolvemos reduzir nossa cartela de clientes com o objetivo de dar uma qualidade melhor de atendimento para eles e, quando o aplicativo estiver funcionando muito bem, a gente consegue expandir”. Outro desafio diz respeito a infraestrutura dos bares. “Se a internet cair, a música não toca. E se o computador fica longe das baixas de som, também não funciona. O nosso desafio, portanto, é desenvolver um player que se enquadre em qualquer estabelecimento”, completa.

Planos para o futuro
Por meio da incubadora Weme, de Campinas, a equipe pretende fazer com que a Muziks cresça cada vez mais. “Estamos desenhando melhor tanto o aplicativo quando o modelo de negócios e queremos expandir não só para o Brasil, mas para o mundo inteiro”, conclui Alcides.
Lucas e Alcides são dois dos cinco integrantes da equipe Muziks (Foto: Ana Luísa de Oliveira)
Reportagem

Série Influenciadores Digitais: 5 passos para se tornar um
Por Ana Luísa de Oliveira

Se antigamente apenas um seleto grupo de artistas e jornalistas eram considerados formadores de opinião, hoje pessoas aparentemente comuns influenciam milhares por meio da internet. São os chamados influenciadores digitais que compartilham seu estilo de vida nas redes sociais e ganham seguidores que os acompanham constantemente e acabam se espelhando neles, buscando consumir o que eles consomem. Dessa forma, a influência digital, como define o dicionário Techopedia, é a capacidade de gerar efeitos, mudar opiniões e comportamentos com resultados mensuráveis online. 

Rebeca Brait é formada em Publicidade e Propaganda, mas trabalha como youtuber e blogueira desde 2013, quando começou a ganhar, com seus conteúdos online, a mesma quantidade que no seu primeiro estágio na área. Com quase 200 mil inscritos em seu canal e uma média de 1.500 curtidas no Instagram atualmente, ela aborda assuntos relacionados a beleza e lifestyle. “Procuro falar sobre tudo o que envolva o universo feminino, como moda, receita, decoração, animais, saúde e fitness”, conta. A engenheira química Carolina Coppi também começou com a produção de posts em 2013, direcionados principalmente para seu cotidiano e estilo de vida. Atualmente, por conta do nascimento de sua primeira filha, ela fala bastante sobre maternidade para seus mais de 68 mil seguidores no Instagram.

Construindo uma profissão
Esses números e assuntos abordados pelos blogueiros e youtubers podem despertar o interesse de diversas marcas, que os procuram para divulgar seus produtos e serviços e, assim, conseguir maior engajamento do público que pretendem atingir. Segundo o publicitário Gustavo Guissi, que administra uma rede de influenciadores, hoje em dia a quantidade de pessoas que procuram ganhar dinheiro com esse trabalho é muito grande. “O que vai fazer o profissional chamar atenção de parceiros é a verdade. As pessoas sabem e percebem quando alguma coisa é muito forçada e com isso ele não vai gerar o resultado esperado”, afirma. “Participar de eventos do seu segmento, como palestras, e realizar experiências com a marca também é muito importante. Outros pontos são a qualidade das fotos postadas e hashtags utilizadas”, completa ele.

Gustavo explica que, uma vez conquistada a atenção de uma determinada empresa, é necessário argumentar e convencer de que vale a pena investir. “O Instagram fornece informações da audiência, curtidas, impressões e prints. Estes números são os principais argumentos que se deve avaliar e utilizar para convencer o cliente que irá atingir o público desejado. Ele também pode usar uma das métricas utilizadas no mercado publicitário calculando o custo por mil impressões (CPM). Ou seja, qual o custo dele para atingir mil pessoas comparado com uma revista, site, jornal, outdoor etc.”, ressalta.
Beca, por exemplo, possui como público-alvo mulheres adultas na faixa etária dos 20 e 30 anos, com quem ela conversa constantemente por meio dos comentários no blog, Youtube e Instagram. Com este trabalho, conseguiu parcerias com diversas marcas e empresas, como Shopping Galleria, Marisa, o aplicativo Happen, Glambox, Quem Disse Berenice e Ariel. “No começo do blog, eu me apresentava para os possíveis clientes, mas hoje em dia eles vem mais espontaneamente por conta dos meus conteúdos”, afirma.

Carol trabalha como engenheira química e influenciadora (Foto: Ana Luísa de Oliveira
Já Carol conversa com pessoas que se identificam com ela e com seulifestyle, principalmente mulheres mais velhas e, agora, grávidas e mães da região de Campinas. Já realizou trabalhos com A Academia, Clínica Priméra e Studio Velocity, entre outras. “As empresas que eu tenho comigo são as que eu realmente frequento, pois faço parceria com aquilo que tem a ver com a minha vida. Quando estava grávida, muitas lojas de bebê me procuraram e o quarto da minha filha eu ganhei inteiro da Grão de Gente e Mega Loja do Bebê”, conta.

Por um lado: o compromisso com o cliente
Gustavo explica que existem diversas ferramentas para rastrear os resultados obtidos. “O Hint, aplicativo para IOS, foi lançado recentemente e ajuda influenciadores e lojistas na mensuração e operação das vendas online. Além disso, códigos especiais com desconto ajudam bastante”, defende. Mas ressalta que todo cuidado é pouco na hora de promover resultados satisfatórios para os clientes. “O principal cuidado é falar a verdade e não somente promover porque está contratado. Outro ponto é ser profissional para divulgar corretamente o parceiro em questão. Fazer foto que destaque o produto, ter uma legenda legal e chamativa e sempre estar atento para não divulgar algum concorrente”, orienta.

Beca explica que, antes de mais nada, trabalha com marcas que consome ou consumiria e que verdadeiramente acredita. “Se for uma coisa muito fora do que eu vivo, eu recuso, mas é difícil encontrar uma empresa que você não encontre nada nela que tenha a ver com você. Porém, já aconteceu, e as pessoas percebem quando é uma publicidade forçada”, conta. “Quando faço divulgação, por mais que esteja sinalizada, é da forma mais natural possível. Falo do meu jeito e com a minha linguagem, porque assim eu sei que meu público cria um interesse maior pelo que estou compartilhando”, completa.

Por outro lado: o compromisso com o público
Para Beca, o principal diferencial do influenciador é a sua credibilidade.
“Também tomo cuidado para as minhas redes sociais não ficarem cheias de publicidade. Claro que acontece de alguns períodos ter mais do que em outros, mas eu tento nestes períodos produzir mais de conteúdo espontâneo pra equilibrar”, afirma Beca.

“Eu sempre tento inserir os meus clientes na minha rotina para não ficar chato para o pessoal que me segue. Também posto produtos e serviços que não são parceria, mas que eu acho legal compartilhar, como restaurantes e hotéis que eu gostei”, conta Carol.

Retorno do investimento
Ao final dos trabalhos, Gustavo afirma que é importante que os influenciadores apresentem feedback. “Isso é feito, normalmente, com relatórios dos posts realizados, alcance, número de curtidas e principais comentários”, finaliza.

Ficou com vontade?
Confira no infográfico abaixo dicas de como ser um profissional da internet:
Notícia - Cidades/Geral

Reforma da Previdência: o que é importante saber
Por Ana Luísa de Oliveira

Atualmente existem muitos debates a respeito da chamada reforma da Previdência. Trata-se de uma das bandeiras do presidente Temer em 2017, cujo projeto foi anunciado em dezembro do ano passado. Após meses de negociações entre parlamentares e o governo federal, o relator da reforma, Arthur Maia (PPS-BA), apresentou, no dia 19 de abril, um projeto substitutivo com diversas mudanças em relação ao original. No último dia 3, este texto foi aprovado pela comissão da Câmara dos Deputados.

Entenda a questão
Antes de entender do que se trata a reforma, vale uma explicação sobre o significado da palavra “Previdência”. Segundo o economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Geraldo Biasoto Junior, o conceito geral “é de um sistema contributivo que gera recursos para pagamento de aposentadorias e pensões, proporcionais aos valores de contribuição”. Ou seja: é um seguro que tem como função garantir que as fontes de renda do trabalhador e de sua família sejam mantidas quando ele perde a capacidade de trabalhar por algum tempo (doença, acidente, maternidade) ou permanentemente (morte, invalidez e velhice).

A Previdência é responsável pelo pagamento de diversos benefícios dos brasileiros, tais como aposentadoria, salário-maternidade, salário-família, auxílio-doença, auxílio-acidente e pensão por morte (informações complementares retiradas do site Guia de Direitos).

Para ter esses direitos assegurados quando necessário é preciso contribuir regularmente para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), órgão ligado diretamente ao governo e responsável por receber e repassar os valores desta contribuição. Os trabalhadores têm o INSS descontado diretamente na sua folha de pagamento, sendo que este desconto depende do salário de cada um. Quanto maior o salário, maior é o desconto.

O que mudou na Previdência
O texto aprovado na comissão determina algumas mudanças. Veja no infográfico abaixo detalhes sobre elas:
De forma mais simples: será necessário trabalhar durante mais tempo para se aposentar e conseguir receber o valor completo do salário que se ganha enquanto está ativo.

Argumentos a favor e contra a mudança
De acordo com Biasoto, com a reforma, “o governo espera estancar o crescimento do déficit do sistema de previdência (diferença entre os benefícios e a arrecadação de contribuições previdenciárias), que tem que ser coberto com recursos de impostos e outras contribuições sociais”. Este é um argumento a favor, mas o debate vai além. Confira algumas opiniões sobre essas três das mudanças propostas:
E agora?
Para ser aprovada na Câmara, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) precisa de, ao menos, 308 votos dos 513 deputados. O governo acredita ser possível conseguir o total até a última semana deste mês, possibilitando a votação em plenário na primeira semana de junho. Isso porque, com o texto final definido, acredita-se ficar mais fácil conseguir votos adicionais para a proposta, já que há políticos que ainda receavam a possibilidade de outras mudanças.

No plenário da Câmara, quando pautado, o texto tem que ser votado em dois turnos. Se aprovado, passa pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, sendo que a votação também ocorre em dois turnos e o governo precisa de apoio de 49 dos 81 senadores. Se não houver alterações, o texto é promulgado pelo Congresso. Caso contrário, volta para a Câmara.
Notícia - Educação

Design Thinking: Pesquisadora esclarece conceito
Publicado em 14 de junho de 2017
Por Ana Luísa de Oliveira


A abordagem conhecida como design thinking vem sendo cada vez mais utilizada em diferentes segmentos. De acordo com a publicitária, mestre em Educação e Design Thinker pela Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro(ESPM), Caroline Bucker, em países como Estados Unidos e Holanda, a área da Educação é a que mais está sendo beneficiada por este método. “As práticas estão sendo aplicadas em todos os níveis escolares e transformando processos”, afirma a especialista.

Mas, afinal, o que é design thinking? Caroline explica que trata-se de uma metodologia criativa para solução de problemas diversos, que coloca o ser humano no centro de todos os processos. Tal solução é buscada de forma coletiva e colaborativa. “Isso permite a interação de grupos multidisciplinares e profissionais de competências complementares, e de pessoas com vivências e experiências diferentes que agregam valor ao resultado gerado”, esclarece a profissional.

Seu principal objetivo, como ressalta a especialista, é gerar respostas mais simples, criativas, humanas e intuitivas, que agreguem mais valor. Sua utilidade é extensa, de acordo com o site Na Prática: é usada, principalmente, para criar novos produtos e serviços, mas também para pensar em saídas para problemas de empresas e seus clientes, desenvolver novas ferramentas e marcas, enfim, para inovar.

Na prática
Caroline defende que a abordagem pode ser usada em todas as áreas, não apenas a educação. “Eu já desenvolvi o design thinking nos segmentos de moda, comunicação, saúde, tecnologia, mobilidade, segurança e empreendedorismo”, conta.

De acordo com o site Na Prática, o empresário Steve Jobs utilizava o design thinking para criar seus produtos, uma vez que todos tinham de ser criados pensando, antes de tudo, no usuário. Da mesma forma, a rede de supermercados Tesco, do Reino Unido, usou a metodologia para ajudar a implementar um serviço de banco personalizado para os clientes dentro das lojas.

A especialista afirma que o fato dessa abordagem estar ganhando cada vez mais espaço nos dias de hoje está relacionado às características da sociedade atual. “Como estamos com muito empoderamento dos consumidores, o processo exige mais inteligência e agilidade. Além disso, a vida está ficando mais complicada, com excesso de informação, de atividades, e o design thinking procura simplificar e humanizar as soluções”, explica.

Passo a passo
Caroline afirma que as etapas da metodologia variam de acordo com diferentes escolas. “Mas, ao longo de sete anos de trabalho trabalhando com esta abordagem, simplifiquei e aplico apenas quatro”, diz.
Produções Portal Digitais | PUC-Campinas
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