Time brasileiro aproveita apoio da torcida e fica a vontade para se tornar ataque mais positivo da competição
 
Samba-rock, famílias e amigos unidos assistindo futebol à beira de uma praia na Urca. O clima familiar que aconteceu na EsEFEx durante a partida entre Brasil e Uruguai poderia fazer com que os menos avisados não achassem que ali estava acontecendo um jogo importante do torneio de futebol dos jogos Mundiais Militares.
A torcida reagia a todo bom ataque do time brasileiro que atacava pelas pontas e antes dos 20 minutos logo abriu 3 x 0. Animados com a boa atuação, os torcedores cantaram e improvisaram uma "ola". Mas pelo menos um deles tinha motivos para não ficar eufórico, e, sim, apreensivo. Era Wellington da Silva, pai do lateral Tiago Philip. O PM reformado de Minas Gerais veio da capital mineira torcer pelo filho que sequer  foi substituído nos três primeiros jogos do Brasil. "Acho que fico bem mais ansioso que ele. Falei com meu filho pouco antes dos jogos e ele estava tranquilo. Acho que a torcida também dá muito apoio a ele e para os demais jogadores," comenta Wellington.
Embora o ambiente fosse familiar, a organização não ficou devendo em relação a outras grandes competições. "Tá muito bom. Dá pra trazer as crianças, incentivar os pequenos a praticar esporte e a estrutura também é muito boa. Estou surpreendido. Com os jogos e com a abertura que foi impressionante," afirma Cristiano Arruda que estava acompanhado do filho.
Após os 3 gols, logo no início, o Brasil diminui o ritmo. Passou a controlar o ritmo de jogo, principalmente com as participações do volante Luiz Carlos e do meia Dilton César. E, mesmo com um jogo mais cadenciado, marcou mais cinco vezes. Poderia ter sido mais, se não fossem as oportunidades perdidas pela equipe brasileira.
Tiago Philip exaltou o apoio das pessoas presentes no local, além de seus familiares. "Jogar representando o país e os familiares, que também estão aqui, é sempre uma motivação a mais." Essa motivação a mais parece mesmo ter feito a diferença. O Brasil termina a fase de grupos com a melhor campanha. Três vitórias em três jogos. Quinze gols marcados e nenhum sofrido e o sentimento entre os atletas de que a partida contra o Uruguai foi a melhor feita entre os jogos já disputados no torneio.
Speed Racer, um dos primeiros animes a ser exibido no Brasil, completa 45 anos
 
Nem todo mundo sabe, mas bem antes do fenômeno Cavaleiros do Zodíaco, em meados dos anos 90 que mudou a história dos animes no Brasil, outro desenho japonês já havia feito bastante sucesso por aqui. Há 45 anos o piloto Speed Racer (Go Mifune, no original) e seu Mach 5 – nome um tanto quanto pretencioso para um carro de corrida que chegava a um pouco mais de 300km/h* – eram adaptados e se tornaram uma série em desenho animado.
 
O mangá, assim como o título original do anime, se chama Mach Go Go Go e foi criado por Tatsuo Yoshida. A partir do sucesso do quadrinho, Yoshida e seus irmãos criaram a Tatsunoko Studios, que produziu a versão animada de Mifune e sua equipe a partir de 1967.
 
O anime passou a se chamar Speed Racer quando foi levado para os Estados Unidos pela produtora Tran-Lux. Além da alteração do nome do personagem principal e do título da série, todos os outros personagens também sofreram alterações voltadas para o público ianque. A produção foi um fenômeno por lá. As mudanças foram herdadas para a versão brasileira, exibida pela primeira vez, em rede nacional, no programa “Clube do Capitão Aza” na extinta TV Tupi em 1975.
 
A série conta a história do piloto Speed Racer (Go Mifune) que dirige o automóvel de competição Mach 5 em corridas ao redor do mundo. Para vencer as corridas, Speed tem que combater as armadilhas e manipulações dos outros concorrentes como a Equipe Acrobática e o carro Mamute. Para isso, tem o auxílio de sua equipe formada pelo pai e criador do Mach 5, Pops Racer (Daisuke Mifune), de sua pegueteTrixie (Michi Simura), do mecânico Sparky (Sabu), do irmão mais novo Gorducho (Kurio Mifune) e do mascote Zequinha (Sanpei). Mas quando a situação tá complicada, quem auxilia Speed é o Corredor X (Fukumen Resa) que na verdade é Rex (Kenichi Mifune), o irmão mais velho do piloto que desapareceu para se tornar agente da Interpol.
 
Outros mangás e animes mais recentes foram produzidos, mas sem o mesmo sucesso e repercussão do original. Em 2008, foi lançado uma versão para o cinema de Speed Racer (na minha opinião, horroroso como quase todo o live-action. Salvo a adaptação de Death Note) com Emile Hirsch no papel título, Christina Ricci (eu pegaria felizão) como Trixie e Matthew Fox interpretando o Corredor X
 
Há quase meio século, Speed Racer já se tornava um fenômeno internacional da animação japonesa e tem muito adolescente poser achando que é otaku e jovem descolado porque viu uns animes por aí. Sem saber que há vida antes de CDZ, DBZ, Naruto, One Piece…  Provavelmente os pais dessas crianças já curtiam animes e tokusatsus muito antes disso virar modinha.
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textos para site dos Fuzileiros Navais durante Jogos Mundiais Militares e para o blog Virtualidade Latente

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