O trabalho foi desenvolvido na cidade de Canela, no interior do Rio Grande do Sul, e apresenta uma relação entre o corpo flexível e jovem contrastando com a dureza da construção civil, abandonada e transformada em ruína. A fotografia, neste caso, assiste ao dançar do personagem que livremente compõe o lugar que outrora ostentou glamour e vida. 

O dançar de nosso personagem questiona o poder da ruína: ela está esquecida ou viva em algum canto de nossa memória coletiva? Os espaços antigamente vistosos e que hoje indicam um passado no presente podem fazer parte das cidades contemporâneas? Uma das virtudes da fotografia é o silêncio. Esse deslocamento permitido por esta técnica, dando um quê de abstrato em qualquer rastro de realidade. As ruínas também trazem consigo essa habilidade. O que há para escutar quando o passado tenta falar?

Tempo e Silêncio foi exposto individualmente no Café do Margs e selecionado para exposição no Centro Cultural da Universidade de São João del Rei, porém com a pandemia, a exposição se tornou digital.


Tempo e Silêncio
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