Foco na lacuna: Te beneficia ou atrapalha?

Nós, seres humanos, somos condicionados a ter foco na lacuna. E o que seria isso, exatamente?

Um espaço entre, onde estamos na vida, e onde desejamos estar. Entre o que realizamos, e o que poderíamos ter realizado. Ou, de quem somos e quem deveríamos ser, de maneira idealista. Ao qual, costumamos colocar todo o nosso foco.

Podendo ser prejudicial para nossa confiança e autoimagem, devido ao fato, de estarmos quase sempre com a atenção voltada ao que nos faz acreditar que não somos bons o bastante, ou, pelo menos, o quanto deveríamos ser.

Ao que tudo indica, pode ser saudável e benéfico, se enxergarmos por uma perspectiva positiva. O que pode auxiliar para nos tornarmos proativos e comprometidos, nos revestindo de empolgação, com o intuito de atingirmos um maior potencial.

O problema, é que, grande parte de nós, evita utilizar este foco com o sentimento de potencialidade, destoando de quem de fato somos, com toda a nossa potencialidade.

Destacam-se no meio, aqueles que, com equilíbrio e concentração altruísta, reconhecem a si pelo que realizaram e sentem-se extremamente gratos pelo que têm e o que são. Com sentimento de paz, pelo que fizeram, ou, por estarem fazendo, o melhor que podem, sem o peso de estar faltando algo em suas vidas.

Clareando melhor o nosso entendimento.

Por exemplo: Criamos uma lista de tarefas para realizar ao longo do dia. Ao final deste dia, observamos insatisfeitos que, conseguimos realizar apenas seis, das dez que nos propomos. O foco na lacuna, nos promoverá o sentimento que não fizemos tudo o que deveríamos, e isso nos frustra.

Ou, então, realizamos centenas de coisas durante o dia, às vezes, no automático mesmo. Porém, algumas, fizemos errado. E adivinhe do que lembramos, e que nossas mentes repetem, e repetem, sem nenhuma piedade? Exatamente, dos erros que cometemos.

Não seria mais saudável e faria mais sentido, se nos concentrássemos nas coisas que fizemos certo, gerando em nós o sentimento de gratidão e alegria por termos feito o nosso melhor naquele dia?

Muito mais lógico e agradável, com certeza!

Como alguns psicólogos falam, “nossa mente é o nosso melhor, mas, também, o nosso pior inimigo”. Portanto, nossa mente é a nossa casa, cuidemos bem dela.

Refletindo sobre esta frase, é que percebo o quanto somos carrascos. O quanto nos desvalorizamos.

Somos incapazes de, ao final do dia, fazermos uma autoavaliação sobre nossas pequenas ou grandes conquistas. De valorizarmos nossas lutas diárias para nos manter de pé, na incumbência de fazermos o nosso melhor, dentro de nossas possibilidades.

E assim, nos prevenir, desta sensação de que algo está faltando, de não ser, ter, ou fazer o bastante. Reduzindo essa lacuna, e tirando o máximo de proveito de todo o potencial que há em nós, para então, usufruirmos com maior gratidão das conquistas que alcançamos em todas as áreas de nossas vidas.

E se alguma área não está bem, saibamos usar os recursos que temos em nós para mudar ou aperfeiçoar o que precisa ser aperfeiçoado. Sempre lembrando que, temos capacidade suficiente para fazermos o melhor, e no final do dia, celebrarmos por fazemos o nosso melhor.
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