O objeto resulta de um processo de composições, iniciado pelo desenho de triângulos equiláteros, explorando efeitos gráficos. Subsequentemente, a criação de uma estrutura bidimensional, com colagem em cartolina, apresentando como cor dominante o vermelho. A partir desta, procurando formas de repetição, rotação, sobreposição e interseção, alcançaram-se pequenas outras composições simples, investigando encaixes, colagens, materiais, com as suas texturas e combinações, gerando volumes tridimensionais. Manteve-se a cor vermelha, sem dominância, em apontamentos.
O objeto propõe uma narrativa de movimento, a partir do talho de peças geométricas puras, conjugadas em formas que o sugerem. A base é estável, mas não estática, precisamente pela colocação estudada das peças singulares, em termos de sugerir rotação. O braço surge como um apelo à interação com o observador, que pode movimentá-lo, rodá-lo, modificando o próprio objeto da maneira que bem entender…
Evoca, a um tempo, o móbil infantil e os espanta-espíritos, sem que as formas geométricas puras a que se recorreu prejudiquem o aspeto de circulação/trânsito pretendido.
